Uma das maiores preocupações dos gestores é o desenvolvimento global da empresa, buscando crescimento com qualidade e produtividade. A chave para esse sucesso está nas adequações constantes da organização em relação à estratégia, ao ambiente de trabalho e, crucialmente, à gestão de riscos.
No ambiente empresarial, a diferença entre o sucesso e o fracasso pode ser sutil. Para os gestores que estão atentos, essa diferença é evidente na capacidade de adaptação e na implementação de sistemas inovadores de gestão, incluindo a Gestão de Riscos, que se tornou parte essencial da cultura organizacional. Presente em todos os processos de gestão, desde o planejamento estratégico até a operação diária, a gestão de riscos é uma responsabilidade compartilhada por todos os gestores e colaboradores.
Por Que a Gestão de Riscos é Essencial?
A avaliação de riscos permite que as empresas delineiem programas de auditoria que testem minuciosamente os controles mais críticos, além de monitorar a conformidade com legislações, contratos, políticas e procedimentos internos. A crescente preocupação com os riscos que podem afetar a capacidade da empresa de atingir seus objetivos ou prejudicar sua imagem tornou-se uma prioridade entre os gestores comprometidos com resultados.
Toda organização enfrenta riscos no desenvolvimento de suas atividades. A necessidade de mudanças rápidas para manter a competitividade e a qualidade dos serviços torna o Sistema de Gestão de Riscos Operacional uma ferramenta indispensável. Ele revela fraquezas, identifica causas e avalia consequências, permitindo que os gestores tomem decisões mais informadas e com maior segurança.
No entanto, reconhecer os riscos é apenas o primeiro passo. Eles devem ser identificados, avaliados e controlados. É aqui que o processo de gerenciamento de riscos se torna uma ferramenta eficaz, ajudando a prevenir acidentes e outras ocorrências negativas que possam impactar a empresa.
Implementando a Gestão de Riscos na Prática
Conceituar Gestão de Riscos pode parecer simples, mas a implementação prática é um desafio. Elaborar um relatório, mapear os riscos e entregar um documento diagnóstico é apenas o começo. O verdadeiro desafio está em integrar de maneira equilibrada todas as áreas da empresa, promovendo uma colaboração contínua em busca da melhoria dos processos.
A avaliação de riscos, especialmente em auditorias internas, é fundamental para identificar, medir e priorizar os riscos, direcionando o foco para as áreas mais críticas. A incorporação de tecnologias digitais na auditoria contínua melhora a capacidade de avaliar toda a operação de uma empresa, tornando a comunicação mais eficaz entre as unidades de negócios e a alta administração.
Principais Tipos de Riscos nas Empresas
Os riscos podem ser classificados de várias formas, cada um com impactos específicos nas operações da empresa:
Risco de Imagem: Refere-se ao risco de danos à reputação da empresa junto a clientes, concorrentes, reguladores, etc. Todos os outros tipos de risco podem potencialmente afetar a imagem da organização.
Risco de Mercado: Envolve a incerteza relacionada aos retornos esperados de investimentos, influenciados por fatores como:
Risco de taxa de câmbio: Perda associada a variações adversas na compra e venda de moeda estrangeira.
Risco de taxa de juros: Impacto de variações adversas nas taxas de juros.
Risco de commodities: Perdas decorrentes da desvalorização de carteiras de commodities.
Risco de ações: Perdas associadas a variações no mercado de ações.
Risco Operacional: Relacionado a possíveis perdas resultantes de sistemas ou controles inadequados, falhas de gerenciamento e erros humanos. Pode ser dividido em:
Risco organizacional: Ineficiência estrutural, falta de objetivos de longo prazo bem definidos.
Risco de operações: Problemas em sistemas, processamento e armazenamento de dados, suscetíveis a fraudes e erros.
Risco de pessoal: Problemas com empregados desqualificados ou desmotivados, fraquezas na liderança.
Risco de Crédito: Envolve a possibilidade de uma das partes em um contrato não cumprir suas obrigações, como a falta de pagamento.
Risco Legal: Resultante do não cumprimento de dispositivos legais ou regulamentares, mudanças na legislação ou interpretações jurídicas que afetam as transações da empresa. Exemplos incluem:
Risco tributário: Perdas associadas a mudanças na legislação tributária ou interpretações inadequadas.
Risco contratual: Perdas devido à falta de amparo legal em contratos por documentação insuficiente ou insolvência.
Risco com a Proteção de Dados: Com a implementação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), as empresas precisam garantir a proteção e confidencialidade de dados sensíveis. Cumprir com as exigências da LGPD, como a definição, descoberta, catalogação, proteção e gerenciamento de consentimento de dados pessoais, é essencial para evitar penalidades legais e proteger a reputação da empresa.
Gestão de Riscos: Uma Necessidade Estratégica
O risco pode ser definido como o produto da probabilidade de ocorrência de um evento adverso e seu impacto nos objetivos da empresa. O sucesso na gestão de riscos depende de como a empresa identifica, avalia e controla esses riscos. Implantar um sistema de controle interno eficaz é essencial para minimizar seus efeitos.
Os níveis de risco operacional devem ser definidos pelos administradores, enquanto a auditoria interna avalia esses riscos, promovendo ações proativas para evitar surpresas desagradáveis. O auditor interno desempenha um papel crucial ao revelar fraquezas, determinar causas, avaliar consequências e propor soluções, convencendo os gestores a agir.
Empresas que aplicam uma gestão de riscos eficiente estão mais preparadas para enfrentar ameaças internas e externas. Essas ameaças podem variar desde problemas com caixa e estoque até questões envolvendo imagem da empresa, fornecedores e funcionários. A gestão de riscos não apenas protege o negócio, mas também fortalece a resiliência e a capacidade de adaptação da empresa.
A gestão de riscos é mais do que uma prática recomendada; é uma necessidade estratégica para empresas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Ao adotar uma abordagem proativa e integrada para identificar, avaliar e mitigar riscos, as empresas podem proteger seus ativos, melhorar sua eficiência operacional e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
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